Faz tempo que não ando por aqui, mais de um ano sem postar, mas o meu espaço ainda está aqui. Não se preocupem não vou escrever textos quilométricos, do tipo “retrospectiva” pelo tempo que não postei, só vou escrevendo o que dá vontade...
Quando criança escrevia muito, depois na adolescência, escrevi muitas e muitas poesias e desabafos de uma adolescência incompreendida, com 14 anos ganhei até um concurso de poesia de uma escola inteira (Marechal Rondom-Canoas-RS).
Eu gostava de costurar pras minhas bonecas também, pra mim elas tinham vida, e até lembro delas com saudade. Lembro da Luciana ( xará), coloquei este nome nela porque eu jurava que ela era igual a mim, até o dia que descobri que ela era muito diferente através de uma amiguinha que me deu esta notícia, era verdade esta semelhança era coisa da minha pequena cabecinha. Após muitos anos ao meu lado a Luciana morreu queimada nem me lembro como foi, mas lembro daqueles cabelinhos derretidos.
Naquela época anos 70/80, não era muito comum as crianças ganharem muitos brinquedos, pelo menos no meu caso, por isso consigo até contar os brinquedos que tive, a Luciana que se eu não me engano era de 2ª mão, acho que era de alguma das minhas primas que cresceram, tive também a Pepa, era uma cópia da atriz Pepita Rodrigues, que é a mãe de ator Dado Dolabella (ah! Do dado vocês lembraram né?). Amei muito a Pepa também e cuidei dela também durante muitos anos, até o dia que a pestinha da minha irmã mais nova decidiu puxar ela das minhas mãos, ela era de pano e tinha bolinhas de isopor por dentro, foram muitas lágrimas e bolinhas pra todo o lado. Foi perda total, pois eu já tinha costurado ela várias vezes. A Pepa marcou uma fase muito difícil da minha vida, pois ganhei ela quando estava internada num Hospital, eu estava sempre doente, achavam que eu tinha um tumor no cérebro, (mas o plano redentor de Jesus, já estava em ação na minha vida e eu fui curada), não tenho certeza se ganhei de minha mãe ou de uma tia, mas consigo lembrar claramente o primeiro colo, aos 4 ou 5 anos, foi amor á primeira vista. Fui procurar uma foto dela na internet pra mostrar pra vocês e não é que eu achei? Fiquei emocionada com a foto de uma simples bonequinha, que me remeteu à infância, que me enviou a fatos, à pessoas que já se foram, como minha mãe... Ela estava a venda R$ 85,00, com a mesma roupa da minha tudo igual, acho que vou comprar pra dar à minha neta Eduarda!
Enfim comecei este texto falando de poesia e terminei falando de boneca, nada a ver!
Falar da Pepa me fez esquecer do resto! Como diz a música “Recordar é viver...” Recordar me fez bem.
Abaixo a fotinho da Pepa pra vocês:
